Uma das regras mais difundidas no mercado financeiro é a necessidade de diversificação nos investimentos. Apesar disso, é muito comum encontrar pessoas que investem em poucos ativos devido à falta de conhecimento sobre outros investimentos.
Dito isso, com a intenção de ajudar a sanar esse problema e apresentar a gama de possibilidades que o mercado oferece, esse artigo discorrerá sobre os principais ativos de Renda Fixa e Variável.
Tipos de Investimentos de Renda Fixa
Investimentos em Renda Fixa são aqueles em que as regras de rendimento são pré-determinadas.
Uma vez que o investidor escolheu o ativo, então ele saberá quanto irá receber na data de vencimento.
Apesar das regras serem pré-determinadas, elas não são, necessariamente, pré-fixadas, ou seja, existe uma variabilidade no rendimento condicionado normalmente por indexadores como a Selic ou índices de inflação.
Tesouro Direto
O investimento em Renda Fixa mais popular é o Tesouro Direto. Ele consiste no empréstimo ao Tesouro Nacional de certa quantia que será retornada no vencimento acrescido de juros. Dessa forma eles podem ser pré-fixados ou pós-fixados.
Esse ativo não é isento de Imposto de Renda e pode ter aplicações diversas, tanto para quem busca investimentos para o longo prazo como para os que buscam investimentos mais líquidos para o curto prazo. Podem ser recomendados para a aplicação da Reserva de Emergência, por exemplo.
O Tesouro Direto não é garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito, entretanto isso não o torna menos seguro. Isso acontece porque esse ativo é garantido pelo Tesouro Nacional, enquanto o FGC é uma empresa privada.
CDB (Certificado de Depósito Bancário)
O CBD é um título emitido por instituição financeira privada, como um banco. Você empresta dinheiro ao emissor do título e resgata o principal acrescido dos juros na data do vencimento.
As taxas de rentabilidade variam de acordo com a instituição, os clientes e o volume de capital emprestado. Ainda assim, existem variáveis macroeconômicas que são determinantes para a rentabilidade do CDB como a taxa Selic e o CDI.
LCI (Letras de Crédito Imobiliário), LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) e LC (Letras de Câmbio)
As LCI são títulos que emitidos por bancos, sociedades de crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo e companhias hipotecárias. Os recursos obtidos são investidos no mercado imobiliário.
Por outro lado, as LCA são títulos emitidos por bancos e outras instituições tendo como destino dos recursos investimentos em atividades agrárias podendo ser infraestrutura, compra de insumos ou industrialização.
As LCs são um ativo de Renda Fixa emitidos por sociedades de crédito, financiamento e investimentos, ou seja, instituições financeiras de modo geral. São pouco líquidos, de modo que é preciso segurá-las até o vencimento para não perder dinheiro. Por causa disso e da menor solidez financeira, costumam ter rendimentos maiores do que as CDBs.
Tipos de Investimentos de Renda Variável
Investimentos de Renda Variável não têm regras de rentabilidade pré-determinadas, assim, ao comprar um ativo, o investidor não sabe quais são as regras que determinarão seu ganho.
Isso não quer dizer que são completamente aleatórios e imprevisíveis. Existe um elemento de incerteza maior, mas eles podem ser contornados pela diversificação e estudos Macroeconômicos, Análise de Mercado, Análise Fundamentalista e a Análise Técnica.
Ações
As ações são os ativos mais populares de Renda Variável. Elas representam a menor parte do Capital Social de uma empresa. Portanto, ao comprar uma ação, o investidor estará se tornando sócio da empresa.
Na posição de sócio, o investidor terá acesso à distribuição dos lucros, chamados dividendos. Além disso, poderá ganhar com o aumento do valor das suas ações perante o mercado, é o ganho patrimonial.
As distribuições de lucros são isentas de Imposto de Renda no Brasil, por outro lado os ganhos patrimoniais são tributáveis.
Investimentos de longo prazo em ações costumam focar na diversificação e ampla utilização da Análise Fundamentalista, o que diminui consideravelmente os riscos e podem gerar retornos bem acima do índice de mercado (Ibovespa) aos acionistas.
Fundos de Investimentos
Os Fundos de Investimento não são propriamente um tipo de investimento, uma vez que são agregados de ativos, o que é chamado de carteira de investimento.
O investidor compra uma cota na carteira de investimento administrada por um especialista. Dessa forma ele já tem a diversificação que procura e ainda conta com a administração de um profissional.
Existem diversos Fundos e cada um conta com uma política de investimentos diferente. Alguns detalhes para ficar de olho ao escolher um Fundo:
- Tipo de Fundo (Renda Fixa, Renda Variável, Fundos Imobiliários (FIIs, Fundo Multimercado)
- A equipe Gestora do Fundo
- Taxa de Administração
- Nível de Risco
- Tempo de Resgate
- Tributação
ETF (Exchange Traded Funds)
Os ETF são um tipo especial de Fundos de Investimento. Portanto eles são diferentes porque seguem índices com o Ibovespa ou o S&P 500.
Isso quer dizer que as ações ou outros ativos que o compõem não são escolhidos arbitrariamente por um administrador. Então quais ações e a quantidade delas que serão integradas à carteira devem ser fielmente iguais ao índice escolhido.
Se o índice tiver uma valorização de 7%, então acontecerá o mesmo com o ETF.
O inconveniente desse tipo de investimento é que para seguir o espelhamento do índice, não é possível a distribuição de dividendos.
vantagem é que os ETF são ótimas fontes de diversificação: com um mesmo ativo você terá ativos de vários setores, tamanhos e até de outro país.
Agora que você sabe sobre os principais tipos, o próximo passo e saber como alinhar seus investimentos de acordo com seus objetivos pessoais e familiares para que possa obter bons resultados.
Tipos de Investimentos – Em Resumo
- A diversificação é uma das regras mais importantes dos investimentos. Apesar disso, muitas famílias ainda não a respeitam.
- Ativos de Renda Fixa são aqueles em que as regras de rentabilidade são pré-determinadas. Entre os principais estão o Tesouro Direto, CDB e as Letras
- Ativos de Renda Variável são aqueles em que não há pré-determinação das regras de rentabilidade. Entre os principais estão as Ações, os Fundos de Investimentos e os ETF.